Especialistas criaram um sensor que detecta casos de demência e serve para ajudar os médicos na luta contra as doenças de Alzheimer e Parkinson. Para isso, usaram instrumentos com base na tecnologia quântica e possibilitaram o aumento da precisão dos estudos. A notícia foi divulgada no Scientific Reports, revista que faz parte do grupo Nature.
Assim, muitos esperam que as próximas pesquisas usem esses novos dispositivos para contribuir no conhecimento sobre como funciona o cérebro humano. Nós sabemos que o nosso corpo é muito complexo e são necessários muitos estudos e anos para chegarmos a um entendimento melhor. Por isso, essa inovação é um grande avanço para a ciência moderna.
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O sensor está ligado a uma tecnologia que recebeu da ciência o nome de magnetoencefalografia (MEG), um termo que pode parecer difícil. Mas, em resumo, o MEG é uma forma de observar os movimentos elétricos do cérebro por meio dos neurônios. Assim, quando o cérebro libera esses sinais, cada neurônio produz um espaço magnético com pouca força. Se conseguirmos detectar isso, podemos mapear o funcionamento do cérebro.

Portanto, quando se percebe que esse mapa não está normal, é provável que alguma doença esteja presente. Ainda hoje, a maioria das demências não tem cura, mas é possível fazer o diagnóstico precoce e o tratamento. Neste artigo, você vai descobrir como essa tecnologia pode ajudar a humanidade e a importância no tratamento de demências.
Entendendo a tecnologia MEG
De fato, não é fácil fazer um mapa do movimento cerebral no tempo e no espaço por isso, ainda é um grande problema para a ciência. Antes da tecnologia MEG, nem era possível observar todos os aspectos de uma vez só, mas separadamente. Desde então, fazer o acompanhamento do cérebro ao vivo e com excelente qualidade de resolução tornou-se real.
Mas, para isso, é preciso um lugar capaz de afastar o barulho magnético de fora. Isso porque os sinais do cérebro são frágeis em relação aos campos externos. Em segundo lugar, para que esse dispositivo funcione, a MEG usa supercondutores trabalhando em temperaturas baixíssimas.
Portanto, eles precisam de muitas assistências para conseguirem uma refrigeração abaixo de zero grau. Ou seja, haverá uma grande dificuldade em ter uma boa resolução, pois o equipamento não se pode colocar perto da cabeça da pessoa.
A contribuição da física quântica na tecnologia
É aqui que a física quântica entra em ação, justamente porque os cientistas viram como uma solução desse problema. Por isso, eles usaram equipamentos que realmente superam a tecnologia antiga. Na verdade, estes dispositivos detectam o campo magnético sem precisar fazer um resfriamento grande como os supercondutores.
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Depois que da criação do equipamento, os estudiosos da Universidade de Sussex fizeram uma comparação com a outra tecnologia e se surpreenderam. De acordo com o professor Peter Kruger, a descoberta dessa técnica pode ser combinada com alta resolução espacial e temporal. Por fim, ele ainda disse que esta é a primeira tecnologia que registra com precisão os sinais cerebrais.
Nos próximos anos, eles vão aperfeiçoar as imagens que hoje conseguem ter. Por isso, eles desejam expandir a quantidade de sensores no instrumento. Mas, será um grande desafio, porque é preciso saber a distância correta entre cada sensor para não aquecer a máquina. Ainda que a tecnologia esteja bastante avançada, serão necessários mais estudos sobre o tema.
Além disso, você pode ver abaixo o que é a demência, os primeiros sinais e as principais doenças. Veja!

O que é demência mesmo?
De forma simples, não é somente uma doença, mas é um conjunto de sintomas que se reconhece pela dificuldade em algumas capacidades do ser humano. Desse modo, os principais sintomas são:
- Esquecimento;
- Dificuldade de pensar e falar;
- Declínio mental;
- Mudanças de humor ou raiva;
- Perda da memória
- Depressão;
- Ansiedade;
- Problema com as habilidades sociais.
De acordo com a OMS, estima-se que 55 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo. Ainda que essa doença seja mais comum em idosos, qualquer pessoa e em qualquer idade pode ser afetado por ela. Mas, vale lembrar que ela não faz parte do processo natural da velhice. Geralmente, a doença acomete pessoas com 65 anos ou mais. Mas, há casos em que ela começa entre os 40 e 60 anos.
As formas mais comuns de demência são:
- A Doença de Alzheimer
- Demência Vascular
- Mal de Parkinson
- Demência Frontotemporal
- Doença de Huntington
Enfim, como você viu neste artigo, a tecnologia desenvolvida foi realmente um grande avanço para detectar os casos de demência. Sem sombra de dúvidas, nos próximos anos poderemos ter mais clareza e sermos beneficiados desses projetos. Portanto, se você curtiu esse post, convidamos você a compartilhar essa conquista da ciência nas redes sociais e apps.